Pelo estilo moderado, muita gente da ágora política paraibana tende a classificar o governador João Azevêdo (PSB) como um sujeito passivo, pouco afeito a “cavalos de pau” e decisões ruptivas.
Talvez, também por isso, por algum tempo, o PSB assistiu, candidamente, o mobilização de crescimento – legítima, por sinal – de partidos da base aliada, sem muita reação à altura. Alguns, inclusive, avançaram dentro do próprio terreno do Palácio da Redenção.
Não é o que se tem visto nas últimas horas. PSB e governo trocaram a postura complacente por gestos de contraofensiva. Com pouco barulho e mais ação, ambos demarcaram território.
Coube ao PSB movimentar, mais do que todos, a reta final das filiações partidárias, removendo filiados ilustres de legendas da oposição, como União Brasil e MDB, e desfalcando adversários, Efraim Filho e Veneziano Vital.
O partido também protagonizou algumas reviravoltas e costurou composições impensáveis, até então, vide Uiraúna, Soledade e Itaporanga, para citar alguns exemplos.
Na crise aberta com o Republicanos, o governo também deu o tom. Pressionado em praça pública por deputados pela demissão do secretário Roberto Souza, da Educação, João fez uma defesa do auxiliar e dos resultados da pasta.
Pode até demiti-lo, mas por razões comprovadamente técnicas, e no timming do governo, não reativamente à imposição pontual e cobrança pública.
Em curso, demissões de dissidentes de projetos locais do PSB, mesmo quando constantes na planilha com carimbos de indicações de prefeitos e deputados aliados.
Em outras palavras, o PSB está dizendo que não vê problemas no fortalecimento de partidos aliados, todavia não abre mão de ser o maior deles. Já o governo parece decidido a deixar a mensagem de que está tirando o pescoço da faca.
