Em expedição administrativa por terras lusitanas, o governador João Azevêdo (PSB) acompanhou as avarias no barco do seu partido, o PSB, de longe. A milhas de distância, pouco ou nada podia fazer.
Ao atracar de volta à Paraíba, João chega com a missão de aprumar o leme da embarcação e exercer seu papel de quem cabe a tarefa de conduzir o timão em mares turbulentos.
Sereno por natureza, cartesiano por formação, o governador paraibano tem no horizonte uma ala considerável do partido fazendo pressão pública contra o presidente da sigla, Gervásio Maia.
A artilharia dos últimos dias foi pesada. Alcançou de marinheiro do porão a oficiais graduados. No vendaval, a decisão de Maia sobre a política de aliança do PSB em Santa Rita com o prefeito Emerson Panta. Ele alega coerência, a dissidência critica a forma individual.
Claro que o que subiu ao mastro do socialismo paraibano não está localizado na capitania dos canaviais. Essa é só a proa do problema. A dificuldade de ajuste das cartas náuticas do PSB vem de outras viagens.
A João está facultada natural missão de ouvir todos os lados, inclusive os argumentos de Gervásio, e traçar um mapa seguro e capaz de evitar que a legenda se perca no caminho da unidade e fortalecimento de duas paradas, 2024 e 2026.
De volta de Portugal, João está desafiado a exercer sua autoridade pelas velas da conciliação. O barco partidário começou a fazer água e ameaça risco de naufrágio. Ironicamente no “melhor momento” dos ventos do seu governo.
Uma turbulência que precisa ser resolvida. De preferência, em bom português.