A luta pelo cumprimento da lei contra construções de prédios de luxo acima da altura permitida na orla de João Pessoa deixou de ser uma ação do Ministério Público. Virou um movimento da cidade, envolvendo entidades, imprensa e população.
Autoridades e instituições precisaram se pronunciar. O governador João Azevêdo (PSB) rechaçou qualquer compensação e acordo entre construtoras e Ministério Público, como chegou a propor o secretário dePlanejamento de João Pessoa, José William, e o Sinduscon-JP.
O presidente da OAB-PB, Harrison Targino, defendeu o fim do que chamou de “ciclo da ilegalidade” nesses processos da construção civil.
O prefeito Cícero Lucena (PP) saiu em defesa da ‘Lei do Gabarito’ e garantiu que se houve alguma irregularidade não foi da parte da atual gestão. Cícero colocou a Prefeitura à disposição para colaborar com o Ministério Público.
Com essa afirmativa do prefeito, estamos diante de uma grande oportunidade de abrir uma caixa preta antiga: as suspeitas de manipulação, facilitação de licenças e de esquemas liberação de alvarás de obras irregulares.
Muita gente pode ter lucrado com isso. E não foi a cidade de João Pessoa. Se há indícios de sujeira, tá na hora de passar tudo a limpo.