O que podia se esperar do Sindicato da Construção Civil no debate da violação à Lei do Gabarito e a construção de prédios acima da altura permitida pela legislação em plena orla marítima de João Pessoa, nas praias de Cabo Branco e Manaíra?
Uma posição técnica, separando joio e trigo, e em defesa de quem cumpre a lei, que é a maioria, e cobrando as devidas responsabilidades de quem age fora dela, a minoria.
Não tem sido, entretanto, essa a postura do Sinduscon, até aqui. Para o seu presidente, Wagner Breckelfend, o Ministério Público precisa ter “bom senso”. Como se o cumprimento da legislação estivesse no modo opcional.
Pelo visto, na visão do representante da categoria, o MP é quem erra ao fiscalizar e não o fiscalizado flagrado em prática afrontosa às regras legais.
Por si só, um Sindicato é uma entidade representativa de um segmento, mas, por essência, é também a instância para erguer a bandeira das boas práticas de mercado. Não para servir de escudo para os malfeitos. Isso tem outro nome.
