O deputado Romero Rodrigues (Podemos) não tem do que reclamar de 2023. Quando romper a aurora do reveillon, ele chega ao ano da eleição municipal com uma performance formidável, mesmo sem nunca ter expressado, em palavras, que será candidato.
A pesquisa do abalizado Instituto Opinião, divulgada pelos veículos da Rede Mais, coloca Rodrigues numa dianteira confortável. A combinação de 42,4% das intenções de voto com apenas 2,5% de rejeição faz de Romero um eleitor privilegiado da sucessão, caso não seja um candidato favorito.
Apesar de ser econômico em declarações, dizem em Campina Grande que o ex-prefeito começou a se movimentar e a dialogar com vereadores e pré-candidatos à Câmara Municipal. Turbinado pelos ventos da pesquisa, Romero surfa na onda e faz o dever de casa.
Agrônomo de formação, com mestrado em Irrigação, o deputado ara o terreno de 2024 e cava os dutos que podem, se preciso for, irrigar um projeto de regresso ao Palácio do Bispo. Quer chegar em 2024 com as condições objetivas de poder escolher se quer plantar sua roça ou adubar o projeto de terceiros.
Para uma coisa ou outra, está patenteado na balança eleitoral de Campina Grande que o ‘mago’ tem gordura. Só uma dúvida paira nos céus da Borborema: ele usará esse acúmulo para alimentar a própria musculatura ou queimará no apoio à tentativa de reeleição do prefeito Bruno Cunha Lima (PSD)?