O contundente resultado da pesquisa Opinião/Rede Mais colocou luz em questões que estavam nas sombras. Entre as revelações, os sintomas clássicos de rejeição ao gestor e a atual gestão em Campina Grande.
Fixou outra questão indiscutível: o latente sentimento de mudança entre os campinenses, um drama a ser combatido em curto tempo pelo prefeito Bruno Cunha Lima (PSD).
Mas, tem algo além. Se a inclinação é para mudança, significa que o eleitor demonstra frustração como desempenho do atual prefeito. Infere-se que busca um gestor para resolver problemas pendentes.
A tradicional política do carisma, da boa estampa, sempre muito sedutora em Campina, já não tem mais o mesmo apelo de antes. Sobe a tendência pela política do resultado de gestão. A que fez o então prefeito Romero Rodrigues sair de satélite dos Cunha Lima à estrela com luz própria.
É aí onde abre-se fendas para figuras como Jhony Bezerra (PSB), secretário de Saúde da Paraíba, ainda muito pouco conhecido na cidade onde fez carreira na medicina e na gestão pública e realizou trabalho técnico reconhecido durante a pandemia.
Sem o apetite da senadora Daniella Ribeiro (PSD) para a disputa e não sendo mais o deputado Inácio Falcão um fator novo na peleja, Jhony – que já começa a aparecer nas pesquisas – sendo ungido pelo PSB, pode catalisar uma frente ampla em torno de seu nome, com espaço para ocupar e crescer.
Especialmente, por ser um homem da Saúde, área que para quase 50% dos eleitores é o maior problema a ser vencido na cidade. Há um caminho aberto. Por onde Jhony pode começar a palmilhar, independente do ‘chove e não molha’ de Romero Rodrigues.