(FORTALEZA-CE) – O jornalista Evaldo Costa (foto à esquerda) é daqueles amigos cujo bem querer não é medido pelos quilômetros. Para essas amizades, a distância nunca tem força para separar.
De folga e em viagem familiar, o telefone toca. Era Evaldo com peito cortado partilhando a ferida da notícia da precoce morte do seu sobrinho e escudeiro, Assis Silva Costa, vítima de complicações cardíacas, durante cirurgia no Hospital Português, no Recife (PE).
Pai de dois filhos e vereador de Parari, no Cariri paraibano, por três mandatos, Assis era figura generosa e de sorriso fácil.
Conheci-o em 2014 quando tive o privilégio de votar em Evaldo, caririzeiro radicado no Recife, Costa disputou naquele ano vaga pela nossa Paraíba na Câmara Federal.
Fiel e entusiasta da ousadia do tio, a quem tinha como pai, Assis rodou os cantos e recantos da Paraíba trabalhando para que a mensagem de Evaldo chegasse aos seus conterrâneos nos mais longínquos rincões.
Chegou a Marizópolis, minha terra natal, onde com muito prazer juntamos alguns bons amigos em torno da luta de Evaldo, quadro que honraria nosso Estado em Brasília.
Como previsto, não deu. Mas a campanha de Evaldo, na contra maré da onda tradicional da política dos tubarões, serviu para solidificar uma relação afetuosa e respeitosa. Perdemos a eleição, ganhamos uma sincera amizade. E quem disse que o triunfo está no resultado? Está na forma.
Saímos, portanto, vitoriosos. O suficiente para, hoje, de longe sentir sua dor bem de perto.
