Em time que está ganhando não se mexe. A máxima também é verdadeira em sentido contrário. Quando as coisas não andam bem, o dever de todo líder é mudar. Serve para o futebol e para a gestão pública.
Envolto numa fase crítica, o prefeito Bruno Cunha Lima (PSD) foi obrigado a alterar a escalação de sua equipe. Nas substituições, tem optado por quadros com perfil político, depois da tentativa, mal sucedida, de uma linha mais técnica.
Fez isso, por exemplo, na estratégica Secretaria de Saúde, trocando um médico, Gilney Porto, por Dunga Júnior, ex-prefeito, ex-deputado e experimentado secretário de várias gestões. Dunga na Saúde é uma aposta política interessante.
A tendência continua com a chegada já oficializada do desenvolto Dorgival Villar no Acompanhamento da Gestão, e as iminentes nomeações do ex-vice-prefeito Ronaldo Cunha Lima (PSDB) no Desenvolvimento Econômico e do ex-deputado Manoel Ludgério (PSDB)na chefia de Gabinete. Ambos de reconhecido traquejo nas relações políticas.
Antes, Bruno inseriu no pacote o ex-vereador Márcio Melo e o jovem Vitor Ribeiro, ligados ao deputado Romero Rodrigues (Podemos), e atendeu a indicações do senador Veneziano Vital (MDB),seu novo aliado na Borborema e em Brasília.
Ainda com desempenho abaixo da média da expectativa de Campina Grande, superlativa como a cidade, Bruno acerta ao tentar melhorar a equipe. Nenhum treinador pode ficar assistindo do banco os protestos da torcida sem fazer nada. Ainda mais quando o time entra no risco do rebaixamento.