“[O PSB] não vai lançar, não terá candidato, já disse repetidas vezes, eu quero que até a chapa se repita [Cícero e Leo Bezerra]”. As palavras verbalizadas pela enésima vez são do governador João Azêvedo (PSB).
Nesse momento de nova ebulição, elas soam como poderoso lenitivo para um paciente que se queixa de dores e temperatura acima do normal. O paciente em questão é a aliança do PSB e o prefeito Cícero Lucena (PP).
Se não é cura definitiva, pela distância e dinamismo do calendário eleitoral, a receita prescrita por João chega em hora providencial.
Porque, nesse instante de recidivas aparentes, tem poder para bloquear os riscos virais e os organismos que vez por outra se proliferam e ameaçam infecção generalizada.
Para Cícero e aliados, um oxigênio muito importante. Para os entusiastas da candidatura própria, uma poderosa injeção à base de ansiolítico.
Não dá pra saber ao certo o prazo de validade do remédio administrado. Mas para os sintomas atuais, a dose na veia socialista parece suficiente para estabilizar o paciente.
A febre, por ora, foi contida.