Adam Smith, em seu livro “Teoria dos Sentimentos Morais”, de 1759, invocou a interferência natural que o mercado exerceria na regulação da economia. É o que ele chamou e consagrou como “mão invisível”.
Séculos depois, bem longe da terra do filósofo escocês, em Campina Grande, a nossa Liverpool brasileira, no dizer de Gilberto Gil, é a oposição quem se regula pelos movimentos produzidos a partir da inflação de desacertos da gestão municipal.
Tal qual na lógica econômica, o nível da oferta de erros da administração do jovem Bruno Cunha Lima (PSD) tem ditado a demanda da atuação de vereadores e lideranças oposicionistas.
Como na livre iniciativa, a oposição vem aproveitando as faustas oportunidades da praça. A cada deslize, marca-se contraponto. Dos equívocos na tramitação de projetos, aqui e acolá barrados pela Justiça na Câmara, passando pela polêmica dos empréstimos, revitalização do Parque Evaldo Cruz até as frequentes crises de relacionamentos.
Mesmo minoritária no Legislativo, a bancada oposicionista não toma conhecimento da numerosa bancada governista, mostra-se viva e pauta a bolsa de apostas da cidade. Tanto que esse exercício crítico tem refletido nas conjecturas partidárias e, especialmente, na avaliação da gestão nas ruas.
Definitivamente, oposição não tem permitido a Bruno o ‘monopólio’ do debate ou da narrativa, para usar um termo da moda. E isso ocorre, também, pela intervenção de uma ‘mão invisível’. A de Lucas Ribeiro (PP), vice-governador, que não aparece, mas pratica a ‘teoria dos jogos’. Em silêncio e com resultados bem visíveis!