Uma fala na solenidade do lançamento do PAC, em João Pessoa, destoou do tom cerimonioso. O presidente da Assembleia, Adriano Galdino (Republicanos), saiu da formalidade e, na presença de ministros do Governo Lula, fez um duro discurso de cobrança por reparações históricas ao Nordeste.
Foi além. Em tom de cobrança, pediu aos senadores Veneziano Vital (MDB) e Daniella Ribeiro (PSD) a alteração no Senado da reforma tributária, cujo texto final foi deformado para manter a insuperável supremacia e monopólio do Sul-Sudeste nos investimentos e recursos públicos.
“Nós só recebemos o resto, as migalhas, o que sobra. O primeiro passo para cobrar uma conta é cobrar”, gritou, sob aplausos da plateia.
Uma semana depois do dia da independência, o brado altivo de Adriano foi ouvido e citado, na sequência, por Camilo Santana (Educação), Rui Costa (Casa Civil) e pelo governador João Azevêdo. Quiçá ecoe em Brasília.