Relançado na Paraíba, por uma tríade de ministros (Rui Costa, Camilo Santana e Míriam Belchior), o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), sob Lula, tem um grande desafio: ampliar a capacidade de execução e obras planejadas e prometidas.
O histórico não é bom.
Em abril de 2019, levantamento da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apontou cerca de 4,7 mil obras do PAC paradas, o equivalente a R$ 135 bilhões de investimentos.
Em 2016, conforme reportagem de o Estadão, só 9,3% dos projetos do PAC 1, no governo Lula, foram finalizados, enquanto o PAC 2, no governo Dilma, teve 26,7% das obras concluídas.
Pouco, mas dados que só confirmam uma cultura na gestão pública brasileira, a que convive harmoniosamente e normaliza a existência de um cemitério de obras inacabadas. Serviço público paralisado é dinheiro do povo enterrado.
Algumas delas são simbólicas. Os escombros do que se espera ser um dia o Centro de Convenções da Universidade Federal da Paraíba em João Pessoa é o cartão de visitas da Reitoria da UFPB, por exemplo.
Outro. Entre Cabedelo e João Pessoa, a triplicação da BR-230 completa sete anos, em ritmo lento e bem longe do fim, na estrada de três governos (de Temer pra cá).
A retomada de obras paralisadas representa 37% das ações programadas pelo novo Programa de Aceleração de Crescimento.
Na Paraíba, o governador João Azevêdo (PSB) conseguiu emplacar quase R$ 3 bilhões no novo PAC. Um orçamento significativo, principalmente se sair do papel para a prática.
Portanto, o novo PAC tem que desemPACar o que está parado de governos anteriores, inclusive do PT, e não emPACar de novo!