Os deputados Ruy Carneiro e Romero Rodrigues, ambos com potencial para disputar as prefeituras de João Pessoa e Campina Grande, respectivamente, até poderiam ter deixado o Podemos, mas ficaram onde estão.
E acertaram, em dose dupla.
Primeiro porque preservaram a relação diferenciada com a direção nacional do partido e o espaço de sobrevivência em Brasília. Em outras siglas, seriam “mais um”, no Podemos obrigam a sigla a dispensar tratamento diferenciado.
Segundo pela assertividade no terreno eleitoral.
Trocar o Podemos pelo PSDB, que ensaia candidatura de Pedro Cunha Lima, seria pouco inteligente da parte de Ruy. Somar funciona mais.
A lógica para Romero é a mesma. Se já tem a simpatia e até promessa de voto do Republicanos, para quê subtrair deixando a sigla onde está abrigado?
Para ambos prevaleceu a segurança da autonomia. No PSDB, Ruy estaria no partido “dos outros”. No Republicanos, Romero também.
Preferiram ficar onde mandam. No Podemos, eles têm autonomia. Sem pedir licença, permissão ou a bênção de terceiros, podem o que quiserem de 2024.