“Guerreiros são pessoas/ Tão fortes/ Tão frágeis. Guerreiros são meninos/ No fundo do peito”. Os versos de Gonzaguinha poderiam ter servido de fundo instrumental para preencher o silêncio que se fez diante da emoção do homem, das lágrimas meninas que arrancaram sentimento da alma do governador João Azevêdo (PSB), durante solenidade de comemoração aos 77 anos do Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER-PB).
Recuperado de procedimento cardiológico, João voltou ao batente. Ao falar no abraço singular do poeta Juca Pontes, organizador do livro “Trilhas, Veredas e Caminhos — Interligando Vidas”, e de relembrar histórias e aprendizados com seu Antônio Sales, seu sogro e topógrafo do DER, o amigo e quase filho tomaram o lugar da autoridade.
E o governador chorou diante da plateia que lotava o Teatro Paulo Pontes. Embargou a voz, derramou saudades e pediu desculpas. Nem precisava. Nada fala mais alto e verdadeiro do que um peito vertendo nostalgia. Dias depois de uma angioplastia, o “coração paraibano” de João foi testado. Tá batendo mais do que nunca!
