Em Campina Grande, distante 130 km do epicentro dos abalos sísmicos na relação PSB de João Pessoa e Cícero Lucena, o governador João Azevêdo (PSB) deu uma declaração de contenção.
Aos repórteres da Rainha da Borborema, Azevêdo foi a um só tempo glacial e afirmativo. Questionado sobre os movimentos tectônicos, João estabeleceu pontos importantes na discussão em precoce ebulição.
Pra começo de conversa, ele reforçou a ‘parceria’ com o prefeito Cícero Lucena e considerou natural o processo de opiniões diferentes no debate sobre o mesmo tema: a aliança em João Pessoa.
E defendeu a democracia interna no seu PSB: “Nem todos dentro de um partido pensam igual, essa é a grande vantagem”.
Tratou como normal o choque de opiniões de “uma palavra dita pelas pessoas que têm autonomia para falar”. “Todo mundo tem sua voz para falar”.
Na fala carregada de ponderação, frisou que 2023 é ano de trabalho e de gestão. Em outras palavras, pediu cautela com as emoções da antecipação eleitoral.
Sobre Tibério Limeira, presidente municipal do PSB? “É uma liderança, foi vereador em João pessoa e foi secretário de várias pastas. Tem sua história na política. A posição dele é levada em consideração”.
Sem assombro e ansiedade, estabeleceu o parâmetro do debate entre a legenda e o prefeito Cícero. “Se houver interesse de ambas as partes, estaremos juntos no próximo ano”. É uma estrada de mão dupla e depende da condução, prudência e sintonia dos pilotos.
“Sem imposições, mas com convencimento”, frisou João.
De uma só vez, tranquilizou Cícero, referendou o comando do PSB na capital, o movimento de fortalecimento interno da sua legenda e legitimou Tibério. Deixou claro que cada um pode cuidar de sua lavoura e uma coisa não é incompatível com outra. Foi sóbrio, sucinto e esclarecedor. Com todos os pingos nos is.