A transferência da gestão do Hospital Edson Ramalho para a PBSaúde é a materialização de um movimento iniciado antes mesmo da criação da Fundação. Começou lá atrás com o então secretário Geraldo Medeiros. O governador João Azevêdo (PSB), acertadamente, tomou a decisão política.
Único hospital público de “porta aberta” de uma capital de 800 mil habitantes, o Edson Ramalho foi concebido para atender, preferencialmente, os policiais militares. Com o tempo, virou o que é, uma unidade de saúde para onde se acorre a população em geral. Enferma de um tudo. De urgência a cirurgias eletivas.
Não fazia mais o menor sentido um hospital dessa complexidade ser administrado por uma junta militar, por mais competentes e bem intencionados que fossem os seus gestores, como é o caso do coronel Paulo Almeida, diretor até hoje. Polícia Militar já tem atribuição demais e cuidar da segurança e proteção social é a sua atividade e expertise.
A gestão do Hospital Edson Ramalho agora está confiada às mãos e planejamento de profissionais do ramo, gente que vive para e da saúde pública. E os militares, que cumpriram sua missão por tanto tempo, voltarão para o seu habitat, o quartel. Uma transição saudável e segura. Agora, “tudo está no seu lugar”, como canta Benito.