Análise: PSB dá largada na capital e se posiciona no lugar que é seu – Heron Cid
Opinião

Análise: PSB dá largada na capital e se posiciona no lugar que é seu

27 de maio de 2023 às 15h58 Por Heron Cid

Muito mais pelo cenário eleitoral que se avizinha do que mesmo pela panfletária “defesa da democracia”, debate já superado, inclusive, com o recuo bolsonarista sobre o 8 de janeiro e até da falácia da fraude nas urnas. O encontro dos autoproclamados partidos do campo progressista tem nome e endereço: 2024, tendo o PSB como puxador do carro abre alas.

Sob a batuta do governador João Azevêdo, o PSB demarcou território no principal colégio eleitoral paraibano. A partir de João Pessoa, o partido exercita o que é seu por direito – e dever político; o protagonismo da cena. Tibério Limeira, presidente municipal da sigla, cumpriu a tarefa. E deu o tom.

A capital do Estado é estratégica demais para ser vista e encarada como apêndice dos interesses táticos da legenda que reelegeu o governador num cenário adverso, e vencendo o que o Autor do Blog batizou, no segundo turno de 2022, de “Consórcio da Vingança”, a mistura de contradições ao sabor de Coutinho, Vital e Cunha Lima.

O PSB ocupa o terreno, pinçando como tônica a necessidade de unidade dos partidos da base aliada de Lula, no contexto nacional, mas com os pés fincados em 2024 e os olhos espichados em 2026. Uma eleição é ponte para outra e as duas são o caminho para a longevidade – ou não – do projeto liderado por Azevedo, que cada vez mais ganha forma, autonomia e conteúdo próprios.

O partido pode até não disputar a prefeitura da capital e optar pelo caminho da renovação de aliança com o prefeito Cícero Lucena, não pode – todavia – capitular da condição natural de ser o que é. Muito menos ficar com a boca escancarada cheia de dentes esperando a “aliança” chegar. Seria muito ‘fácil’ para quem conquistou o mais difícil. Não dá para ficar “aí parado”, como cantou Raul.

A vaga de vice na capital para o partido que governa a Paraíba é o mínimo no grande jogo que já está posto. É o “ponto de partida”. Não de chegada.

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