Muito mais pelo cenário eleitoral que se avizinha do que mesmo pela panfletária “defesa da democracia”, debate já superado, inclusive, com o recuo bolsonarista sobre o 8 de janeiro e até da falácia da fraude nas urnas. O encontro dos autoproclamados partidos do campo progressista tem nome e endereço: 2024, tendo o PSB como puxador do carro abre alas.
Sob a batuta do governador João Azevêdo, o PSB demarcou território no principal colégio eleitoral paraibano. A partir de João Pessoa, o partido exercita o que é seu por direito – e dever político; o protagonismo da cena. Tibério Limeira, presidente municipal da sigla, cumpriu a tarefa. E deu o tom.
A capital do Estado é estratégica demais para ser vista e encarada como apêndice dos interesses táticos da legenda que reelegeu o governador num cenário adverso, e vencendo o que o Autor do Blog batizou, no segundo turno de 2022, de “Consórcio da Vingança”, a mistura de contradições ao sabor de Coutinho, Vital e Cunha Lima.
O PSB ocupa o terreno, pinçando como tônica a necessidade de unidade dos partidos da base aliada de Lula, no contexto nacional, mas com os pés fincados em 2024 e os olhos espichados em 2026. Uma eleição é ponte para outra e as duas são o caminho para a longevidade – ou não – do projeto liderado por Azevedo, que cada vez mais ganha forma, autonomia e conteúdo próprios.
O partido pode até não disputar a prefeitura da capital e optar pelo caminho da renovação de aliança com o prefeito Cícero Lucena, não pode – todavia – capitular da condição natural de ser o que é. Muito menos ficar com a boca escancarada cheia de dentes esperando a “aliança” chegar. Seria muito ‘fácil’ para quem conquistou o mais difícil. Não dá para ficar “aí parado”, como cantou Raul.
A vaga de vice na capital para o partido que governa a Paraíba é o mínimo no grande jogo que já está posto. É o “ponto de partida”. Não de chegada.