Está marcado para o próximo dia 31 de maio o julgamento do caso de racismo registrado no jogo Athletico Paranaense X Flamengo, fato ocorrido no último dia sete de maio, na Arena da Baixa, em Curitiba-PR. A denúncia será relatada pelo advogado paraibano Cláudio Roberto Diniz, auditor no Superior Tribunal de Justiça Desportiva.
O desfecho tem como contexto o mais recente episódio de preconceito, em que Vinicius Júnior, jogador brasileiro do Real Madrid, foi vítima de ofensas racistas pela torcida do Valência, no estádio Mestalla, na Espanha.
Durante a partida contra o Flamengo, um torcedor do Atheltico foi flagrado na arquibancada fazendo imitações de um macaco, numa clara tentativa de ofensa a jogadores do time adversário. O crime está previsto no artigo 243, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
Na época, em nota o Athletico Paranaense disse reforçar “o compromisso de combater todo e qualquer tipo de atitude discriminatória dentro de seu estádio”.
Além disso, escreveu o clube, “seguirá com os procedimentos internos, através do Compliance. Dessa forma, o suspeito, caso condenado, também pode sofrer punições administrativas, por meio da Câmara de Ética e Disciplina, que vão desde a suspensão à proibição permanente do acesso aos jogos”.
A Confederação Brasileira de Futebol esclareceu que “não tem poder punitivo nem de polícia e, por isso mesmo, encaminha suas considerações e recomendações ao STJD e à Comissão de Ética, para que sejam tomadas as devidas providências no âmbito desportivo e também perante o poder público e demais instâncias.”