Por uma proeza diplomática do deputado Fábio Ramalho (PSDB), a fotografia juntou na mesma imagem o prefeito Bruno Cunha Lima (PSD), o senador Veneziano Vital (MDB) e o deputado Romero Rodrigues (Podemos).
Ato contínuo, uma pergunta se impõe e ecoa da Praça da Bandeira ao Zé Pinheiro: o que comporta na foto de Lagoa Seca cabe também no mesmo palanque de 2024, em Campina Grande?
A política é feita de escolhas. Ao arremeter da pista da oposição em Campina, o senador Veneziano Vital fez a sua opção na direção de Bruno de um acordo político para o voo da sucessão municipal.
No fatídico 2020, bem antes, Romero fez também a sua.
Declinou do presumido, até então, apoio a Tovar Correia Lima (PSDB), com que tinha afinidade pessoal, pela lógica do voto e empenho pelo candidato mais competitivo, Bruno, sabidamente.
Rodrigues repete que não é problema na reeleição de Bruno, mas – ao mesmo tempo – não tem a menor disposição de ser atropelado ou preterido no processo. As declarações de hoje materializaram seu espírito de indisfarçável insatisfação.
A resposta para a pergunta do título vai ganhando forma. Água e óleo resistem ao mesmo ambiente. Não só na química. E Romero começou a emitir sinais no laboratório da política que também entende da lei de Newton.
Parece aguardar as escolhas de Bruno para fazer as suas. Bem na base de Carderón de la Barca… “Ao ‘rei’ tudo, menos a honra”.
