Areia é uma cidade saborosa de viver e degustar. Agora, a gastronomia da cidade ganha um toque a mais. E tem cheiro e sabor de café. O frio da serra aquecido pela bebida mais apreciada pelo brasileiro. Combinação mais que convidativa.
A cultura cafeeira anda em franco processo de resgate na região. Resgate histórico e econômico. Produtores estão reestruturando a vocação da cidade na produção dos grãos.
Leda Maria é empreendedora do ramo do turismo em Areia, na região do Brejo da Paraíba. Ela é dona de uma pousada no centro da cidade, mas dessa vez seu olhar se voltou para a zona rural, para o sítio da família.
Foi lá onde ela plantou 500 mudas de café que conseguiu do campo experimental da Universidade Federal da Paraíba. “Daqui a dois anos, vou poder colher, beneficiar, e oferecer no café da manhã da pousada”, visualiza Leda Maria.
Assim como Leda, outros empreendedores do município vinculados à Associação de Turismo Rural e Cultural de Areia (Atura), adquiriram mudas de café da UFPB e estão plantando em suas propriedades com a meta de criar dentro de dois anos, a Rota do Café. Esse é o tempo em que a produção começa a dar frutos.
O presidente da Atura, Leonaldo Alves, por ter vivência como docente no campus, pôde ver de perto a pesquisa do curso de agronomia para a retomada do plantio de café em Areia e região do brejo, e sugeriu a parceria, que mais tarde se transformará na Rota do Café.
ATURA e UFPB agora buscam apoio e estrutura na iniciativa privada. As instituições se reuniram com representantes da tradicional São Braz, uma das maiores indústrias de café do país.
Representantes da empresa demonstraram interesse em apoiar a iniciativa e se comprometeram em visitar o CCA para conhecer o projeto em andamento.
A ‘Rota do Café’ já começou. Ou, na verdade, recomeçou. O café já está nas veias de Areia. O resgate é um charme a mais para uma cidade bonita de se ver e comer. E agora, mais do que nunca, de se beber, também!