Historicamente, a Paraíba sempre foi retratada Brasil afora pelos seus atrasos frente os estados brasileiros. São fantasmas de séculos que ainda teimam em nos assombrar. Muito desse passivo reflete na nossa baixa auto estima.
Felizmente, pouco a pouco, muitos preconceitos estão sendo exorcizados pela teimosia da oração dos vanguardismos.
Hoje é um desses dias que colocam a pequena Paraíba na galeria das grandes conquistas. No lançamento do ‘Coração Paraibano’, programa que vai interligar serviços para urgências cardiológicas, um depoimento elevou a pressão arterial da nossa auto estima.
Ludhmila Hajjar, uma das mais importantes cardiologistas do país, embaixatriz do projeto, tratou o programa como uma “revolução”, “um exemplo para o Brasil”, no enfrentamento à doença que mata 400 mil brasileiros por ano.
Médica dos famosos, Ludmila destacou o “sistema moderno e eficiente”, a estrutura de UTI aérea, ambulâncias, telemedicina e hemodinâmica que integra a rede cardiológica estadual.
“É o sonho que a gente tem para o Brasil”, cravou a pesquisadora. Nas palavras da professora da USP e referência nacional no segmento, a exclamação tem o peso de encher as artérias de orgulho de equipe e pacientes.
No diagnóstico de Hajjar, o que cientistas em cardiologia “sonham para o Brasil” a Paraíba está tendo a ousadia de realizar. Nos batimentos da inovação e no pulsar da decisão política.
As palavras da médica foram dirigidas pessoalmente, olho no olho, em justo reconhecimento ao governador João Azevêdo, que lidera esse processo e botou o coração, literalmente, nesse projeto. Mas todo paraibano, por extensão, tem o direito de bater no peito.