Josias de Souza, em artigo no UOL: “O número de mortos da penúltima tragédia sobe em ritmo de conta-gotas. Na penúltima soma eram 49. Há carne e osso nessa estatística. Cada número representa alguém que ralava na invisibilidade. Essas pessoas passaram a existir justamente quando não existem mais. Sobrevivem nas fotos dos familiares, nos relatos despejados por amigos sobre os microfones da imprensa. O litoral norte de São Paulo é apenas mais um capítulo da tragédia que se repete a cada verão. Ainda há cerca de 9,5 milhões de brasileiros vivendo em zonas de risco. Não vão se mudar do sopé dos morros para a praia. Mas a reposição da mão de obra barata está assegurada. A abundância garante a reposição”.