O 'novo cangaço' nos velhos arquivos da Paraíba – Heron Cid
Opinião

O ‘novo cangaço’ nos velhos arquivos da Paraíba

14 de fevereiro de 2023 às 10h21 Por Heron Cid

Ao oferecer a chance de um segundo mandato e fazer o governador João Azevêdo (PSB) vencer o Consórcio da Vingança – ajuntamento contraditório de forças políticas antagônicas -, o eleitorado também estava observando avanços em algumas áreas, apesar dos difíceis anos pandêmicos. A segurança é, reconhecidamente, uma delas.

Nos últimos quatro anos, o Estado conseguiu espantar um fantasma que produziu tanto manchetes policiais quanto sensação coletiva de medo, sobretudo, em várias regiões interioranas. Falo do crime especializado contra bancos que traumatizou e humilhou cidades e populações inteiras.

No passado nem tão distante assim, a rotina de assaltos e explosões de instituições bancárias chegou a níveis semanais fora de qualquer controle digno do nome. Era constrangedor para a Polícia, arrasador para nossa autoestima.

Não fosse a ação bem sucedida de inteligência policial, essa semana começaria com a agência da icônica Taperoá, no cariri, pelos ares. Um bando estava em Cubati, concentrado, armado e pronto para ressuscitar o fantasma já expurgado de terras paraibanas. Policiais surpreenderam, os bandidos reagiram. Sete deles tombaram.

A ocorrência providencialmente frustrada é do tipo que a política implantada pelo secretário Jean Junes conseguiu baixar em 79% na Paraíba desde 2019, em relação ao período 2015/2018. A redução dos casos de explosões cravou 87%, no mesmo período.

Os números são oficiais e não mereceram, até aqui, qualquer contestação. Impressionam menos do que aquilo que é ainda mais crível; diminuiu também o receio de paraibanos e paraibanas de acordar com o susto do estampido na madrugada ou o medo de estar entre gente inocente sob risco, durante as invasões de agências. Cenas que a política de segurança da Paraíba precisa manter nos arquivos. No passado que a Paraíba superou.

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