Pernambuco tem Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), André de Paula (Pesca), José Múcio (Defesa), Paulo Câmara (Banco do Nordeste) e Wolney Queiroz (executiva da Previdência).
A Bahia é dona da Casa Civil, com Rui Costa, e tem a cantora Margareth Menezes na Cultura. A estratégica pasta do Desenvolvimento Social está com Wellington Dias, do Piauí.
O poderoso Ministério da Justiça toca na batuta de Flávio Dino, do Maranhão. O Rio Grande do Norte deu o gás de Jean Paul à Petrobrás. Ceará comanda a Educação com Camilo Santana.
Márcio Macêdo, de Sergipe, é o homem da Secretaria Geral do Governo. Renan Filho, de Alagoas, pilota o Ministério dos Transportes.
Como se vê, o governo Lula está salpicado de autoridades nordestinas em cargos na Esplanada. O prestígio político alcançou toda a região, mas deu a volta e ilhou a velha Paraíba de histórica participação nas grandes decisões do país.
Sem emplacar cargos por força de nossa indicação político-partidária, até no segundo escalão, somos uma constrangedora exceção num Nordeste vermelhamente lulista.
Um contraste até com o governo Bolsonaro, que teve um Marcelo Queiroga no maior ministério de Brasília (Saúde), além de Sérgio Queiroz (secretário do Desenvolvimento Social) e Arnaldo Medeiros (secretário em Vigilância em Saúde).
E olhe que por aqui Lula teve múltiplos palanques, consagradores 66% dos votos e, no segundo turno, até o candidato da oposição ao governo estadual evitou declarar apoio a Bolsonaro. Imagine se não tivesse sido assim…
Por sorte, a representação política da Paraíba, com uma bancada federal quase inteira alinhada com o Planalto, ainda tem quatro anos pela frente para se impor. E Lula um bom tempo para reparar ou aumentar o constrangimento.