Ninguém estranhe. Haverá muitos movimentos – implícitos e explícitos – para impedir a operação da aliança entre o governador João Azevêdo (PSB), o PP do deputado Aguinaldo Ribeiro e o Republicanos de Hugo Motta.
Não é para menos. No cenário atual, às três forças juntas somam grande poder de fogo eleitoral e mexeriam sensivelmente no quadro da sucessão de 2022.
Quem mais torce contra, e com razão, é o deputado Efraim Filho (UB) que, com o apoio dos Republicanos, potencializou sua caminhada bem pavimentada ao Senado. E ele levou esse patrimônio – de forma indireta – para o fortalecimento da chapa do PSDB, de Pedro Cunha Lima.
A articulação de Veneziano – cuja plataforma partidária está restrita ao MDB e a dissidência do PT, também.
Para a composição veneziano-ricardista, a coligação tiraria o supra sumo da estratégia que funciona soprando ventos de divisão da base de João.
Na essência do pretenso projeto de “esquerda”, mais do que a vitória de Veneziano, o objetivo mobilizador é a derrota de Azevedo e do PSB, patrono da vice de Lula. Ainda que – se preciso – vençam o bolsonarista Nilvan Ferreira ou o tucano Pedro Cunha Lima. É vindita.
Portanto, uma hipotética aliança PSB, PP e Republicanos tem água para muitos chopes.