A ensaiada aliança entre o governador João Azevêdo (PSB), o PP do deputado Aguinaldo Ribeiro e os Republicanos (Hugo Motta, Adriano Galdino, Wilson Santiago, Murilo Galdino e Raniery Paulino), tem tanto potencial eleitoral quanto obstáculo para ser consumada.
A principal pedra é a decisão pública dos Republicanos de apoio à candidatura do deputado Efraim Filho (UB) ao Senado.
Para Efraim, o avanço das conversas entre essas três siglas representaria o recuo do Republicanos.
E para a sigla significa perdas de importantes apoios de prefeitos repassados da base do pré-candidato a senador para Murilo Galdino e Wilson Santiago.
Daí a complexidade do que o Palácio tenta costurar. Porque para retroceder de Efraim, os Republicanos teriam que ser indenizados eleitoralmente.
Ao mesmo tempo, as lideranças da poderosa sigla de Hugo Motta sabem que não podem estar na chapa, como reivindicam, votando num senador de outro grupo.
Um beco estreito que exige muita perícia e desprendimento. De todos os lados. Especialmente de Aguinaldo, que ainda preserva intacta sua preciosa reserva de prefeitos.
