Na Paraíba, quase todo partido é uma casa que tem um dono. Mas faltam moradores para habitá-la.
O deputado federal Hugo Motta entendeu que na política não faz sentido a estrutura de uma residência solitária.
Quanto mais agora que os “proprietários” não contam mais com o artifício das coligações para garantir habitação em mandatos.
Essa lógica explica porque o Republicanos virou o “centrão” da Paraíba, um azougue que atrai os mais diversos interesses. E projetos.
Com três deputado federais, o presidente da Assembleia, e um corpo que se forma com cauda substancial, o partido segue puxando filiações.
Como fez com a inesperada adesão da médica Tatiana Medeiros, que deixou o senador Veneziano Vital e o MDB para trás.
Mas o boom não é só resultado do jogo de cintura, paciência e senso de oportunidade de Hugo.
Motta conta com um considerável fundo partidário e o mais relevante, consequentemente: autonomia e referendo da nacional para fazer o partido crescer.
Aí completa-se a receita do bolo que muita gente grande da política não está resistindo a saborear. Porque Hugo divide-o à mesa.
O jovem deputado aprendeu a lição que veteranos caciques não passaram na prova. Tanto que estamos a assistir muitos donos procurando novas casas e outros correndo o risco de ficar sem teto. Com a chave na mão.