Poderia ser só um evento para demonstração de força com presença de prefeitos, lideranças e cabos eleitorais. Mas a festa de aniversário do deputado Efraim Filho (União Brasil) foi isso e muito mais.
A organização política recheada de presenças se converteu em ampulheta de contagem regressiva. Nas entrevistas, o deputado deu o seu recado.
Sem necessidade de parábolas, Efraim estabeleceu – ele próprio – o prazo peremptório de uma semana para comunicar seu destino.
Se fica onde está ou se migra, de vez, para a candidatura do deputado Pedro Cunha Lima (PSDB), o plano B na falta de vaga na chapa de João.
O deputado diz que esse anúncio será fruto de ausculta coletiva de sua base. Em outras palavras, estipulou um prazo para o governo, do qual faz parte, definir-se sobre o companheiro de chapa do governador João Azevêdo (PSB) ao Senado.
Expirado o prazo, e na falta de uma decisão favorável, o pré-candidato ao Senado toma a sua. E seu rumo. “Com ou sem apoio do governo”, arrematou.
As palavras ecoaram com som de ultimato. E com cheiro de decisão já consolidada.