Tem gente que vem, tem gente que vai. Na busca por saúde, o fluxo de ida e vinda de sertanejos para capital é uma realidade há décadas. Todos os dias, centenas deles pegam a estrada. Uns em busca de tratamento que a região não dispõe, outros voltando com diagnóstico, cura ou com notícia ruim.
Desde que me entendo por gente, em Marizópolis, já ouvia falar da “Casa de Sousa”, imóvel que virou embaixada dos mais vulneráveis da “Cidade Sorriso” e da região em João Pessoa. É um abrigo que dá sombra, apoio, alimentação e locomoção na via crucis de muitos na luta por saúde e sobrevivência.
Ao longo de décadas, o equipamento mantido pela Prefeitura virou parâmetro para criação de outras casas do gênero. Fundada em 1989, no governo de João Estrela, migrou de endereço em endereço. Apesar de todo tempo e relevância, a unidade de apoio ainda é alugada.
Mas, agora, por pouco tempo. Sob a a gestão do dinâmico prefeito Fábio Tyrone, está em estágio avançado a construção de um prédio moderno no bairro de Jaguaribe, com capacidade média de atendimento pousada para 100 pacientes e um público flutuante de 180 pessoas-dia.
Fruto de convênio do governo do Estado e a Prefeitura de Sousa, a obra está sendo tocada pela Chefia de Gabinete, setor no qual é administrativamente vinculada. O chefe de Gabinete, Helder Carvalho, acompanha pessoalmente o trabalho. “A única obra de pedra e cal do Gabinete é a Casa de Sousa e tem um simbolismo muito grande para a cidade”, registrou Helder, ao autor do Blog.
Da obra está orçada em torno de R$ 800 mil. Um valor aparentemente pequeno. Não para quem um dia precisou dos seus serviços, ou para quem vier a precisar no futuro. Para esses, o valor não se pode quantificar; é o da vida.
E um dado paradigmático: dos 223 municípios paraibanos, de todas existentes essa será a única a sair do aluguel. Agora, enfim, a Casa será realmente de Sousa. De fato e de direito.