A iminente oficialização da federação entre PSDB e Cidadania deixa o governador João Azevêdo (Cidadania) com um pé fora do seu partido. Se prosperar o entendimento já avançado entre Bruno Araújo e Roberto Freire, presidentes das siglas, João deixa a legenda na qual se filiou logo após deixar o PSB.
A questão da Paraíba é um dos pontos de empecilho para a homologação da federação em curso. No estado, Cidadania e PSDB fazem caminhos opostos, um desencontro que ficou irremediável após o lançamento da candidatura do deputado Pedro Cunha Lima (PSDB) ao governo.
Afora as questões locais, um outro entrave; Pedro vota na candidatura de João Doria (PSDB) e Azevêdo reitera a disposição de apoiar o ex-presidente Lula (PT). “É tremendamente difícil”, admitiu Freire ao Estadão, sobre as chances de acordo na Paraíba.
Apesar da premissa defendida por Roberto Freire segundo a qual nesses casos de impasse a prioridade para o comando da legenda recai sobre o governador, João não permanece no Cidadania caso seja consumado o processo de união entre os dois partidos. É o que dizem vários interlocutores do governador consultados pelo Blog.
Se a federação for confirmada, Pedro não vai precisar pensar em Plano B e nem deixar o ninho tucano, onde seu grupo político se abriga desde os anos 2.000. João sai antes.