O vírus da discórdia acometeu os grupos e subgrupos da política paraibana. Não há um só segmento totalmente imunizado contra a peste.
A base governista vive a febre do descompasso entre o governador João Azevêdo e o senador Veneziano Vital. Há meses, os “aliados” não se encontram para um mero café, quiçá para discutir os interesses da Paraíba.
A esquerda rachou entre o PT de Ricardo Coutinho e o PT de João Azevêdo. A divisão ganhou novos sintomas com o regresso de Luciano Cartaxo ao petismo e a saída da vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) do governo.
Cobra de muitas cabeças, o bolsonarismo paraibano segue idêntica enfermidade e cloroquina nenhuma deu jeito. Os esquadrões de Cabo Gilberto, Nilvan Ferreira e Wallber Virgolino agem com vida própria, mas cada um no seu quadrado.
O PL, partido do presidente na Paraíba, tem o comando de ferro do deputado Wellington Roberto e nenhum sinal de que o bolsonarista raiz dará as cartas por lá.
Cada um por si e Bolsonaro por todos.
Nem o historicamente coeso grupo Cunha Lima teve anticorpos suficientes para livrar da indisposição que levou Romero Rodrigues a pender para um lado diferente de Cássio, Bruno e Pedro, que está sendo lançado hoje sem sentir no paladar o entusiasmo ou apoio público do ex-prefeito.
A Covid-22 é a variante que pegou a política paraibana em cheio.