Os relatos são muitos. Para muita gente, a pandemia tem sido um divisor de águas. Incontáveis nunca mais foram os mesmos.
Do desafio de conviver com uma doença traiçoeira, da experiência com o desconhecido, os cortes nas relações e o esgotamento mental de quem precisou trabalhar ainda mais nesse período.
Os danos são incalculáveis. E não podem ser medidos nas estatísticas silenciosas de depressões, baixa em desempenho no trabalho, perda de memória, desconcentração e autoreclusão.
Esse alerta foi levantado em bom tempo hoje na Assembleia Legislativa da Paraíba pela deputada Pollyanna Dutra.
Parlamentar mulher, ela fez um adendo pertinente: para o sexo feminino, a balança pesa ainda mais contra pelo acúmulo de múltiplas atividades.
Projeto da deputada cria a Semana Estadual de Combate e Conscientização à Síndrome de Burnout. Na prática, estabelece políticas de conscientização, prevenção e tratamento.
Tomo a liberdade de acrescentar um tópico. O poder público precisa ir além. A implantação de centros de referência pós-covid não é questão de opção, é providência lógica e imperiosa.
Para tantos, a covid não terminou no ciclo dos 15 dias. E pouco tem se falado, discutido e formulado seriamente nas gestões públicas e universidades.
A pandemia vai passar. As sequelas estão ficando. Como tantos, o autor deste Blog sabe bem disso.