O PSDB da Paraíba apenas cumpre formalmente o script de apoio ao que já não existe mais na prática: a candidatura de Romero Rodrigues ao governo.
Sem o ex-prefeito, os tucanos voltam à estaca zero. Aliás, voltam ao original que este Blog batizou de ‘Plano P’, um projeto que não vingou em 2018, mas ficou em aberto para 2022.
Desde a eleição passada, a candidatura do jovem deputado Pedro Cunha Lima esteve no vento das possibilidades. Em 2021, ela soprou de novo, mas amainou, mais uma vez, com a inserção de Romero no processo.
Há tempos, o parlamentar faz discurso de quem mira na majoritária. Abre debate sobre temas próprios da estrutura estadual e suscita mudanças de concepção administrativa. São mensagens.
Na atual pré-campanha, diante da ambiguidade de candidaturas pela oposição e da vantagem eleitoral e conjuntural de Romero, por estratégia o PSDB retirou o “Plano P” de cena para oferecer sustentação às pretensões do ex-prefeito de Campina Grande.
Na pior das hipóteses, estava depositando a perspectiva de reciprocidade do presidente estadual do PSD, em caso de inviabilidade ou desistência.
A segunda hipótese aconteceu, só que a premissa não ressoou o eco esperado; Romero desistiu, mas, diferente do desejado, deve consolidar aliança com o governador João Azevêdo. Esperava-se tudo, menos isso.
Diante do novo e inesperado cenário, o ‘Plano P’ será resgatado em sua concepção original. Na verdade, nunca foi totalmente arquivado.