Jornalista e coordenador de Comunicação da Prefeitura de Campina Grande, desde a gestão de Romero Rodrigues (PSD), Marcos Alfredo fez uma pergunta que deve calar fundo nas reflexões de políticos e partidos neste domingo paraibano. Especialmente, entre o público principal, o eleitor.
A quem interessa tanta urgência e antecipação do debate eleitoral de 2022? Eis o questionamento provocativo.
Como se sabe, a eleição na Paraíba foi irremediavelmente antecipada. Até o que não era de costume, como a peleja ao Senado, entrou na roda antes de tudo.
Um fenômeno cheio de nuances, ansiedades e muitos, muitos, interesses.
Confira o texto de Marcos Alfredo, cedido ao Blog.
Eleicões 2022: pra que tanta urgência e a quem interessa o atropelo do rito?
De um momento para o outro, na Paraíba, houve um fenômeno midiático: pressão para que a classe política já antecipe em muito o jogo eleitoral.
Com praticamente um ano de antecedência, até prazos são estabelecidos para que haja definições de apoios, composições e alianças, com um surreal senso de urgência.
A quem interessa tanta pressa? Qual o sentido de tanta pressão sobre os partidos e atores no processo? Qual outro estado no Brasil se impõe tamanho atropelo sobre as agendas das instituições?
Acho que merece uma reflexão. Seja da mídia, da classe política e do eleitorado.
Historicamente, sabe-se: na Paraíba, passaram a ser naturalizados debates sobre a próxima eleição, antes mesmo de os eleitos no pleito recente tomem posse.
Resolveram agora exagerar, contando com a aquiescência dos participantes desse ecossistema que usa e abusa da Democracia.
Estamos precisando de um freio de arrumação. Isso, sim, urgente.
Marcos Alfredo – coordenador de Comunicação da Prefeitura de Campina Grande.