Pesquisa PoderData, de 25 a 27 de outubro, trouxe um dado curioso, mas não surpreendente: no segundo turno, a diferença de Lula para Bolsonaro já foi reduzida em dez pontos percentuais, o que pode sinalizar uma tendência do eleitorado na medida em que a população passa a refletir sobre a roubalheira na era petista, entre os governos Lula e Dilma, começando pelo mensalão e culminando com a Lava Jato.
Segundo o levantamento, se a eleição fosse hoje, Bolsonaro perderia para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por 37% a 52% em um eventual 2º turno, distância de 15 pontos percentuais. Na última rodada, de 29 de setembro, o placar era de 56% a 33% em favor do ex-presidente (diferença de 23 p.p.). Há dois meses, Lula estava 25 p.p. à frente, com 55% a 30% contra Bolsonaro.
Uma prova de que o cenário começa a mudar e que Lula não é nem nunca foi imbatível. Pesquisa é um retrato do momento, revela o sentimento do eleitorado com o quadro do hoje, levanta cenários, mas não garante o resultado da eleição. Eleição se define no curso da campanha, dependendo dos fatos que venham ser levantados, principalmente os que mexem com o sentimento do eleitor.
Muitas vezes tem candidato que parte na frente, mas adiante cai e perde a eleição. É o chamado cavalo paraguaio – bom de largada, ruim de chegada. O que virá por aí, tanto para arranhar Lula quanto Bolsonaro, não se sabe. Pode até surgir a terceira via como alternativa aos que não querem votar em Lula nem tampouco em Bolsonaro.
Ao longo da campanha, o eleitor será obrigado a reviver o passado de corrupção, roubalheira, do maior assalto aos cofres públicos da história do Brasil, resultado da operação Lava Jato, que levou Lula e mais 40 à cadeia. Uma dinheirama calculada em R$ trilhões. Só o ex-ministro Antônio Palocci, o então queridinho de Lula, devolveu R$ 100 milhões em sua delação premiada.
De onde saiu essa dinheirama? Da roubalheira, claro. Nunca se roubou tanto no Brasil!
Blog do Magno Martins