Nenhum candidato a governador na história recente da Paraíba arriscou tudo. O histórico mostra que a maioria sempre estava num cargo de garantia ou tinha uma escora para ser acionada em caso de derrota.
Tudo que o ex-prefeito e ainda candidato pela oposição, Romero Rodrigues (PSD), não tem. Sem mandato, eventual insucesso na majoritária imporia um deserto de seis anos sem um cargo eletivo, uma suicida eternidade para quem vem de uma sucessão de mandatos e precisa de espaço de poder.
Se perder, todo mundo (Bruno, Pedro, Tovar) se salva e toca suas vidas em frente. E ele? Assiste a banda passar da sua varanda no Mirante?
Esse fator pesa e muito nas reflexões do ex-prefeito. É uma das ponderações que mantêm as portas abertas para a possibilidade de uma composição com o governador João Azevêdo (Cidadania), o caminho menos arriscado para alcançar o poder estadual.
Homem de grupo, Rodrigues também não quer, porém, dar um passo solitário. Antes de qualquer coisa ou decisão, espera e vai trabalhar para unificar o máximo possível de aliados em torno de seja qual for o seu projeto para 2022. Será, também, uma oportunidade para contá-los.