O jornalismo é batalha, mas tem suas recompensas. Uma das maiores é contemplar o crescimento dos talentos que a gente identifica antes do sucesso e reconhecimento.
Essa tarde de domingo arrebata a calmaria e agita minhas emoções. Artigo do jovem e ascendente jornalista Wallison Bezerra chega como revigorante nessa jornada de alguns poucos anos e já muitos apressados cabelos brancos.
Bezerra, como costumo chamar na intimidade o filho de seu Duca e dona Jane, relembra fatos, desafios e projetos de nossa parceria jornalística. Tão curta, seis anos, quanto profícua. Até parece que foi ontem.
Concepção e formatações de programas de rádio e televisão. Pensados e suados juntos na execução desafiadora de repetir todo dia a mesma labuta, com o sabor e entrega da estreia.
Sementes plantadas que continuam frutificando em outras vozes e caras, e novas semeaduras fertilizadas com a paciência de agricultor que cuida e espera, resignadamente, a colheita.
E ela sempre vem. Por vezes, em depoimentos de ouvintes e leitores. Outras, pela simples realização de estar fazendo o que se acredita, pouco importando o cansaço de nadar contra a maré e de enfrentar os pesos e as incompreensões das renúncias.
Wallison Bezerra é dessa rapaziada que acredita no que sonha e pelo esforço desmedido faz-se por ser acreditada.
Tão moço, lidera uma equipe, conduz uma redação de uns dos mais relevantes veículos da mídia digital paraibana. Tão precoce, divide com humildade e senso de responsabilidade a apresentação de um programa de rádio em rede de 22 emissoras regionais.
Muito mais pelo mérito pessoal já precocemente acumulado. Muito menos pela concessão de quem delegou as missões.
Em algum desafio, pode até tremer. Fugir? Jamais. Enfrenta, supera, dá conta do recado. Seja num programa ao vivo em caravana pelos recantos da Paraíba, seja uma entrevista com algum figurão em Brasília.
Versátil, é pulmão do Portal MaisPB e cérebro da Hora H, na Rede Mais Rádio.
Amante da magia radiofônica, do jornalismo e da política, integra aquele time de profissionais cônscios da exata noção do ofício. Um ofício em que a estrela sempre será a notícia, não seu porta-voz, singelo operário a serviço da comunicação e da cidadania.
Respira e transpira notícia. E inspira veteranos, feito eu, vendo na fé do seu compromisso, na sua sacerdotal dedicação, a renovação do jornalismo que vale a pena. E dos votos que um dia fiz ao dizer sim a essa apaixonante profissão.
Diante de um menino guerreiro, eu aprendo uma nova lição: um guerreiro não pode deixar de ser menino.
O ano era 2013. Um jovem estudante de jornalismo, aos 18 anos, chegava para estagiar no Sistema Correio de Comunicação. Ao invés da aflição ou do medo, sempre busquei ter a coragem em primeiro plano.
Ao passar integrar a equipe da Rádio 98 FM Correio, como produtor do Balanço Geral – programa exibido às 18h -, fazia questão de chegar duas horas antes do horário estabelecido por meu eterno mestre Eduardo Carneiro. Ao invés de estar na redação após às 14h, preferia bater ponto às 11h55.
Sentava na cadeira dos estúdios e admirava a abertura do Correio Debate, viajava nas manchetes. Jamais me via apresentando um programa de rádio, sempre buscava ficar nos bastidores.
Em 2014, o grande Dudu [Eduardo Carneiro] me colocou como produtor do ‘Debate’. Fiquei por um ano.
Em setembro de 2015, o hoje companheiro de bancada e irmão da vida, Heron Cid, decidiu buscar novos rumos. Deixou o Sistema Correio e foi brilhar no Sistema Arapuan.
Em uma manhã, no ônibus que fazia a linha Bessa – Centro (603), pensei no interior: “Imagina se eu e Heron pudéssemos trabalhar juntos novamente?”.
E não era imaginação. Era realidade. Nesse mesmo dia sentamos para conversar. Aceitei antes mesmo de saber o que estava por vir.
Com o aval do gigante João Gregório, estreamos o 60 Minutos na Rádio e o Frente a Frente na TV Arapuan na primeira semana de outubro.
Meses depois passei a integrar a família Portal MaisPB.
No meio do caminho, com o estímulo do próprio Heron Cid, tive uma passagem fantástica na Rede Tambaú de Comunicação.
Há dois anos, eu e Heron estamos juntos na Rede Mais, fazemos diariamente o Portal MaisPB e o programa Hora H, um projeto que me engrandece demais.
Seis anos se passaram daquele outubro de 2015, mas a certeza que carrego no coração é de que sempre será o começo.
Ao meu amigo, irmão, parceiro, companheiro de jornada, Heron Cid, daqui vai a certeza que seguiremos juntos. Continuaremos a plantar jornalismo para colher realizações.
Ao futuro!