Nos últimos 15 dias, o bastidor político paraibano roda em torno do governador João Azevêdo (Cidadania) e do ex-prefeito Romero Rodrigues (PSD).
Pode ser apenas fogo de monturo e mais uma das inúmeras conjecturas próprias de um estado que respira mais política do que O2. Todavia, na política quando há fumaça a lenha já queima faz tempo.
A pauta da disputa João versus Romero vem sendo vencida, de goleada, pela especulação João e Romero. Isso até a oposição já sentiu na pele.
E ganhou força por três fatores objetivos: o período de afastamento do senador Veneziano Vital (MDB) do Palácio da Redenção, a marcha lenta da candidatura do ex-prefeito campinense e o descolamento deste do bolsonarismo.
A tal da lei da causa e efeito na prática.
O tema saiu do campo do remoto para o terreno das possibilidades. Se para setores do governo o assunto já é assimilado por alguns, na oposição o clima é de dúvidas.
Deputados e líderes consultados pelo Blog já não colocam a mão no fogo e avaliam que a coisa, no mínimo, anda atípica.
Quando nem Romero e nem João descartam peremptoriamente, deixou de ser coisa só da cabeça do deputado Manoel Ludgério.
Mas, por que uma composição tão melindrosa entrou em cotação no mundo real da política paraibana?
Uma chapa com João, Aguinaldo Ribeiro (PP) e Romero (vice) reservaria pouquíssimas chances de reação aos adversários. Porque incluiria, em tese, Cícero Lucena e Bruno Cunha Lima, facilitaria a reeleição do governador, a eleição de Ribeiro e daria a Rodrigues o que ele não tem hoje: perspectiva de poder em curto espaço de tempo.
Restaria combinar com as bases e, especialmente, com o povo. Blague ou movimentação real, o assunto está na praça. Aliás, permanece.