Quando um ônibus está lotado, com passageiros aglomerados atrapalhando o fluxo e a entrada e saída do veículo, todo bom motorista faz uma freada brusca.
O movimento, em geral, desconcentra e rearruma o ambiente, mesmo que parte da lotação tome um susto pelo gesto inesperado.
Foi mais ou menos isso que fez o governador João Azevêdo (Cidadania) durante entrevista ao jornalista Luís Tôrres, da TV Arapuan.
Loucura, antecipação, precipitação, projeto pessoal, desnecessário, sem aval. Com essas palavras, Azevêdo apertou o pé no freio da articulação do presidente da Assembleia, Adriano Galdino (PSB), do senador Veneziano Vital (MDB) e do deputado Efraim Filho (DEM), pré-candidato ao Senado.
Os termos usados são fortes e ácidos. Daqueles que só se saca quando se quer transmitir, com clareza e perícia, a mensagem de explícita reprovação.
Numa resposta curta e grossa, o governador deixou um expressivo recado no ar. Atitudes extemporâneas e que não passam por afinação com o Palácio não contam com seu aval e nem do governo.
Foi uma fala contundente para dentro e para fora. E com um conteúdo que não permite a menor dúvida sobre a mensagem e os destinatários.