Voto impresso: a decisão de Arthur Lira não é o que parece – Heron Cid
Opinião

Voto impresso: a decisão de Arthur Lira não é o que parece

6 de agosto de 2021 às 19h46 Por Heron Cid

Ao primeiro olhar, o encaminhamento levar a PEC do Voto Impresso ao plenário, decidido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, parece um arreganho.

Causa a impressão (sem trocadilho) de um agrado ao Planalto com o fito de impedir que a tese defendida pelo presidente Jair Bolsonaro, e até por setores da oposição, morra na Comissão Especial.

Mas, só parece. Quem observou direito o conteúdo do anúncio do deputado alagoano ler outra coisa nas entrelinhas.

Arthur saca o argumento da democracia como o maior trunfo para sentenciar o final dessa novela, que paralisa o país em detrimento de pautas de real interesse e prioridade.

Afinal, quem defende – de verdade! – a democracia tem que se submeter a vontade da maioria.

Para tanto, nada mais soberano do que o crivo do plenário da Câmara, onde o assunto morre ou vive.

Se o governo tiver votos, vence a batalha e faz valer sua visão sobre o sistema eleitoral.

Perdendo, o governo também perde o discurso. Porque a PEC terá sido submetida ao voto de todos os 513 eleitos pela urna eletrônica. Legitimamente.

Depois da votação, nenhum dos lados poderá mais questionar o resultado. E nem pedir recontagem.

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