As especulações em torno de uma suposta aproximação entre o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o senador Veneziano Vital (MDB) deixaram os nomes de ambos, simultaneamente, em evidência.
O flerte disseminado pelo presidente do MDB de João Pessoa, Mikika Leitão, colocava Veneziano, que fez questão de publicizar conversas com o tucano, como cabeça de uma suposta chapa com Cássio de senador.
Para os dois, ótimo.
Mas, para Romero Rodrigues, que tenta empinar sua candidatura, nenhum pouco. O ex-prefeito não deve ter ficado tão feliz. E nem poderia. O prefeito Bruno Cunha Lima, que travou contenda recente com o grupo Vital, idem.
O PSDB pegou esse limão azedo e transformou, durante coletiva nesta tarde, em limonada.
A entrevista devolveu o partido e Cássio – principal referência da oposição – ao centro do tabuleiro. Também serviu ao propósito de retirar o deputado Pedro Cunha Lima – nome do PSDB – do caminho das conjecturas e reforçar a pretensão de Romero Rodrigues como candidato ao governo.
Para quem tinha dúvidas entre Romero e Pedro, o assunto foi vencido. Ao repassar o comando do processo ao ex-prefeito de Campina, Cássio também colocou nas mãos de Romero a possibilidade de ser, ou não, candidato ao Senado na chapa.
Em terceiro plano, a coletiva enquadrou – por gravidade – as especulações originárias do MDB com direito a declaração de suas lideranças, Mikika e Roberto Paulino, a favor e contra, respectivamente.
A mensagem do PSDB ficou no ar. Se o senador emedebista romper com o governo, o fará sabendo que o PSDB e Cássio já têm candidato: ele atende pelo nome de Romero, adversário histórico de Veneziano em Campina.
Os tucanos espremeram o limão até a última gota.