Luiz Felipe D’Avila, em artigo no Estadão, comenta o “sonambulismo” das elites, conformadas entre o populismo de Lula e a incompetência de Bolsonaro, e entre o mal menor e maior:
“Como disse a filósofa Hannah Arendt, “aqueles que escolhem o mal menor esquecem rapidamente de que escolheram o mal”. Assim, esquecem rapidamente que Lula é a gênese do mensalão, do maior esquema de corrupção da História do País, da polarização política do “nós e eles”, da defesa das tiranias cubana e venezuelana e o principal cabo eleitoral de Dilma Rousseff, a presidente petista responsável pela estagnação econômica, por 13 milhões de desempregados e pelo descrédito da política, que semeou o caminho da vitória de Bolsonaro em 2018. Já os que apoiam Bolsonaro desconsideram o fato de que o presidente traiu os seus eleitores. A agenda liberal da economia não saiu do papel, o combate à corrupção não progrediu (como mostra a CPI da Covid) e a defesa dos valores cristãos revelou-se uma farsa quando o presidente é incapaz de mostrar a principal virtude cristã, a compaixão. Seu comportamento revelou um líder irresponsável e insensível ao sofrimento de milhares de pessoas que perderam familiares e amigos durante a pandemia”.