É uma questão de estratégia, antes de ideologia. A verticalização do debate nacional restringe mais do que soma para a oposição na Paraíba. O raciocínio é da deputada estadual Camila Toscano (PSDB), expresso ontem em entrevista ao programa Hora H, apresentado pelos jornalistas Heron Cid e Wallison Bezerra, na Rede Mais Rádio.
No sentir da tucana, a tentativa de regionalizar a polarização política no país não é saudável. Um adendo. Se nem o governador João Azevêdo (Cidadania), do centro esquerda, está condicionado e limitando alianças ao viés de Brasília, por que a oposição o faria?
A mensagem é direta aos setores mais radicais do bolsonarismo paraibano que até querem apoiar a candidatura de Romero Rodrigues (PSD), o nome da oposição, mas com palanque restrito a forças que apoiam o presidente Jair Bolsonaro.
“O debate nacional tem que ficar realmente de lado porque nós temos que pensar o que é melhor para a nossa Paraíba. Em um momento de tanta divergência e radicalismo, não é bom de forma nenhuma trazer esse debate para o estado”, ponderou.
Resumo: a oposição quer o apoio do bolsonarismo, mas não quer ser refém dele.