As pesquisas recentes apontam que pelo menos 50% dos eleitores estão indecisos e situados ao centro quando o assunto é 2022.
Esse percentual é a grande aposta do governador de São Paulo, João Doria Júnior, candidato a presidente nas prévias do PSDB.
Entrevistado da Hora H, programa que o autor do Blog apresenta ao lado de Wallison Bezerra na Rede Mais Rádio, o tucano vê nesses dados uma tendência de voto contra a polarização.
Polarização liderada por Lula e Bolsonaro, os extremos parecidos, nas palavras do governador.
“Os extremos se unem. No mundo, os extremos se unem no autoritarismo. Os extremistas querem apenas o poder absoluto”, cravou Doria, para quem os rivais se tocam por uma razão.
“Eles sabem que um precisa do outro para ganhar no segundo turno. Se um deles não for para o segundo turno, eles sabem que perdem”, analisou.
Em português claro, Lula precisa de Bolsonaro e Bolsonaro de Lula. A polarização nutre ambos de expectativa de poder.
Por isso, crê Doria, pactuaram contra qualquer sinal de terceira via. Fazer ela não existir é questão primeira para os dois.
O tucano, em contrapartida, aposta no eleitor “nem nem”. Nem Lula, nem Bolsonaro.