As verdades de Datena (por Magno Martins) – Heron Cid
Bastidores

As verdades de Datena (por Magno Martins)

13 de julho de 2021 às 09h00 Por Heron Cid

Ao falar, ontem, com exclusividade para o Nordeste, numa entrevista ao Frente a Frente, o apresentador José Luiz Datena, da Band em São Paulo, não se inibiu em bater no presidente Bolsonaro nem tampouco no ex-presidente Lula. Datena é uma aposta do PSL de construção da terceira via na disputa pelo Planalto, num movimento deflagrado pelo presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, coincidentemente pelo mesmo partido que Bolsonaro se elegeu em 2018.

Datena já tem o discurso alinhado na ponta da língua para entrar no embate frente a Bolsonaro e Lula. Sobre o presidente da República, disse que há um processo claro de derretimento do Governo, principalmente depois das denúncias de cobrança de propinas na compra de vacinas. “Hoje, Bolsonaro já perdeu 25% dos eleitores que votaram nele e apostaram numa grande mudança, segundo apontam as pesquisas de intenção de voto”, assinalou.

Quanto a Lula, disse que não pretende entrar, de imediato, numa guerra aberta, mas fica claro, segundo ele, que o Supremo o tirou da cadeia para derrotar Bolsonaro. “Soltaram Geddel, Palocci e Eduardo Cunha para beneficiar Lula com a anulação da leitura de prisão em segunda instância pelo STF. Não quero uma briga aberta com o Lula, mas tiraram ele da cadeia para derrotar Bolsonaro”, afirmou.

Para Datena, no momento em que o Supremo salvou Lula, abriu as portas do inferno na cara da sociedade sem proteção. “Até chefe do PCC tiraram da cadeia com o fim da prisão em segunda instância. Lula, que montou uma das maiores quadrilhas dos últimos tempos no Brasil, não foi inocentado. Foi apenas anistiado, porque foi mal julgado e mal investigado. Sabe quando haverá um novo julgamento das penas graves que ele cometeu? Nunca mais”, desabafou.

O apresentador diz que não tem medo de enfrentar nenhum dos dois candidatos bem posicionados na pesquisa, mas que não pode se apresentar como candidato de si próprio, atrair o maior número de partidos aliados e aceitação popular. “Política é destino, dizia Tancredo. Primeiro, tem que aparecer os partidos que me apoiem. Já tentei sair prefeito de São Paulo, meu nome chegou a ser ventilado a vice do prefeito Bruno Covas, mas só entro com segurança esse caminho, não vou me ferrar por causa desses caras. “A maior malandragem é o cara ser honesto”, dizia meu pai”.

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