A denúncia de propina na compra de vacina por parte do vendedor Luiz Paulo Dominguetti, da empresa Davati Medical Supply, envolvendo o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, é gravíssima. Mas requer uma apuração profunda. O Governo já anunciou a degola do acusado de cobrar um dólar por dose no contrato.
Mas isso não é tudo. É preciso saber das ligações de Roberto Dias com o poder, quem de fato está por trás dele. Nesse tipo de negociata, ninguém age só nem tem poderes absolutos. Dias é um jabuti. Sabe-se que jabuti não sobe em árvore. Alguém botou ele lá.
Quem indicou? Qual seu perfil e origem? Quais suas ligações com o ministro da Saúde e com o presidente da República? Esse emaranhado de questionamentos pode levar ao X da questão: o envolvimento direto do presidente. Se isso for constatado, adeus Bolsonaro.
O Brasil estará diante de um mega escândalo que envolverá, emocionalmente a população, porque envolve supostamente uma quadrilha dentro do Governo roubando o dinheiro para salvar vidas ameaçadas pela covid-19. Vidas que seriam preservadas mediante a vacina, produto do jogo sujo em meio à uma pandemia.
Blog do Magno Martins