Princípio básico da política, somar. Dividir, somente o campo adversário. Uma máxima em rota de colisão com o saldo do recente e bem intencionado encontro das lideranças de oposição, na Paraíba.
A reunião que serviria ao indispensável propósito de ocupar espaço, criar referência e demarcar território, num primeiro momento, terminou ofuscada por danos colaterais.
O que era pra ser só um erro clássico de articulação, a falta de convite e ausência da senadora Daniella Ribeiro virou uma crise.
Não pela crítica dela sobre a extemporaneidade, mas pelo que imediatamente se sucedeu: ataques desproporcionais e espalhafatosos, que só se prestaram ao explícito divisionismo.
A gota virou um oceano. E o encontro que lançou o ex-prefeito Romero Rodrigues entrou mais na contabilidade dos problemas do que da solução e da unidade política de quem já parte com a desvantagem de enfrentar a estrutura palaciana.
Deve haver entre as cabeças pensantes da oposição quem, despido de arroubos e radicalismos, reflita em necessária autocrítica. Se a coisa continuar assim, o governo não precisa gastar munição com articulação política. A oposição faz o trabalho sozinha.