Fiz o que não costumo fazer por hábito. Parei durante horas diante da televisão para assistir a live de Elba Ramalho, na icônica noite de São João.
O palco não poderia ser outro; Campina Grande, um pedaço da Paraíba que virou referência e sinônimo de festa junina.
Elba Ramalho, essa filha de Conceição, Sertão paraibano, não decepciona. Feito vinho, fica cada vez melhor com o tempo.
É um furacão de talento.
Da escolha do rico repertório ao desempenho único de domínio no palco. Energia à toda prova, voz singular, fruto de décadas de atividade, e uma expressão fulgurante no canto e na dança.
Nossa paraibana é uma artista completa. Um portfólio que transborda em generosidade na forma como acolheu, tranquilizou, incentivou, elogiou e segurou a mão de Juliette Freire, com quem dividiu músicas no belíssimo show.
Elba é daquelas conterrâneas a quem devemos tributo e renovação permanente de orgulho. Pela sua vitória pessoal na música, pela sua representação nacional na arte.
Existem grandes artistas. Elba é uma artista grande.
É intérprete para qualquer palco do Brasil. É uma cantora do mundo.
Uma vencedora, antes de tudo. Uma forte, como são os sertanejos.