Três dias após responder ao jornalista Wallison Bezerra, do Portal MaisPB, sobre a situação do Brasil, com uma fala firme e sóbria, lamentando a tragédia sanitária, mas evitando vínculo político-partidário, a ex-BBB Juliette Freire não resistiu ao patrulhamento ideológico.
No twitter, espaço que se consagrou como mural de opiniões, uma postagem elaborada sob medida pelo time que cuida da sua imagem e comunicação ajustou a posição.
“500 mil mortos no Brasil. Não são apenas números. É uma terrível consequência da negligência da gestão atual do governo Bolsonaro. Eles tinham como ter evitado essa tragédia. É claro que é #ForaBolsonaro”, escreveu.
Coincidente ou providencialmente, a adesão foi logo depois do posicionamento de Anitta, a anfitriã que hospedou a maquiadora em sua mansão, pelo “Fora Bolsonaro”.
Quase simultaneamente, as duas celebridades somaram seus milhões de seguidores na mesma hastag.
A alternância entre os dois momentos é latente.
No improviso natural e espontâneo da resposta à uma pergunta na lata, a filha de Campina Grande disse: “Não defendo partidos, não defendo pessoas. Defendo ideias”.
O vídeo com a fala viralizou. Houve certa frustração de quem esperava uma posição contundente contra o presidente. A rede foi salpicada por cobranças. E, calculadamente, Juliette cedeu e refez a linha.
Vinte e quatro horas depois da estratégica e pensada reforma, o Ministério Público abriu investigação sobre a aglomeração promovida na live de Wesley Safadão, que teve na ganhadora do BBB a grande atração, como informou em primeira mão o Blog Maurílio Júnior, no Portal MaisPB.
No evento, realizado no dia que o Brasil completou 500 mil mortes na pandemia, Juliette foi fotografada nos bastidores em momentos de descontração. E sem máscara. Como (quase) todo mundo faz para beber, comer e conversar em festas.
Os irmãos e o pai de Juliette estão com Covid-19, segundo ela própria informou no mesmo dia em que culpou Bolsonaro pelo caos sanitário no país.