O Brasil pode até ficar refém da polarização bolsopetista, mas não será por falta de opção, se depender do esforço nacional do Cidadania, uma das legendas que se reúnem nesta quarta-feira em Brasília para discutir um projeto alternativo.
Apesar da sedimentação eleitoral dos extremos, Roberto Freire, presidente da sigla, tem uma esperança de mudanças no cenário. Ela consiste em dois pontos: o tempo que ainda resta até a eleição e o desfecho da CPI da Pandemia.
Foi o que o dirigente nacional expressou em entrevista ao autor do Blog e Wallison Bezerra na Hora H, da Rede Mais Rádio.
Luciano no fim do túnel
O Cidadania – nas palavras de Freire – ainda não desistiu da candidatura própria personificada pelo apresentador de televisão, Luciano Huck, mesmo diante de todas as evidências em contrário.
O famoso encarnaria as qualidades e o perfil que o partido prega para uma frente pautada numa “agenda do século 21”, acentua o ex-deputado federal.
O partido e as legendas do espectro de centro e centro esquerda estão buscando esse caminho, cada vez mais tortuoso, porém, necessário, na opinião de Roberto.
Tudo para impedir a permanência de Bolsonaro ou a volta de Lula.
O contexto nacional na Paraíba
Roberto Freire se disse satisfeito com a postura e os resultados do governo de João Azevêdo – o único governador do partido – na Paraíba.
“É um governador que nos honra”, registrou.
O presidente nacional do Cidadania sabe do diálogo de João Azevêdo com o PT estadual, a relação amistosa e a simpatia declarada pelo ex-presidente Lula.
Divergente de um apoio do partido a Lula, Freire diz respeitar as idiossincrasias locais e reconhecer a força do ex-presidente petista no Nordeste.
No bom português, apesar da pregação da direção partidária, João tem carta branca para as costuras estaduais e até para um eventual apoio a Lula.